Tu És (D. Camarte)
Tu és... e os teus olhos dizem
A ternura em tom de tristeza
Desespero do amor proibido
O grito de ajuda escondido
Atrocidade de uma incerteza
Tu és... e os teus olhos falam
De conflitos em clima de paz
Da poesia jamais declamada
De um Sol que não tem alvorada
De uma névoa que não se desfaz
Tu és... e os teus olhos mostram
Ardência que se auto-consome
O tudo contido no nada
Realidade e conto-de-fada
Cometa que surge e que some
Tu és... e os teus olhos revelam
O presente num tempo perdido
A rosa que não desabrocha
O macio e a rigidez da rocha
O eco jamais repetido
Tu és... e os teus olhos confessam
O infinito à procura de espaço
A torre vazia de sino
Partitura perdida de um hino
O amor com frieza do aço
És grande demais pro teu porte
E só não vê quem não quer
És diva de amor e desejo
Pois é assim que eu te vejo
Um símbolo e uma mulher.
D. Camarte (Djalma).
José
Há 6 anos
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